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La Expedición 30/12/2015 Estrada, Estrada e mais Estrada!!!

Chegamos ao dia que até então seria o mais cansativo da viagem. Teríamos que rodar 935 km de Resistência até Tilcara, passando pelas províncias Del Chaco, Santiago del Estero, Jujuy e Salta. Saímos as 7 horas do hotel e de cara pegamos a maior reta das nossas vidas, aproximadamente 540 km de reta. Isso mesmo 540 km! O pior é que todo o terreno era plano e foi uma das partes mais chatas da viagem, porque não se via nada, somente pequenos povoados ao longo da estrada. Muitos animais soltos o que tornou a viagem perigosa. Imagine você numa reta de 540 km, a estrada um tapete, claro que iriamos dar uma aceleradinha a mais. Mas sempre cuidando com as cabras, cavalos e burrinhos soltos pela estrada.

Reta
Reta entre Resistencia e Tavalera

Por falar em estradas boas, todas as estradas da Argentina estão em perfeito estado e o pedágio mais caro que pagamos foi de 8 pesos, isso vale R$ 2,00. O que causou um pouco de indignação claro, aqui no Brasil já cheguei a pagar em um pedágio R$ 14,90. Infelizmente o nosso governo sempre acha uma forma de cobrar preços abusivos em tudo, mas o foco do blog não é política e falar não vai adiantar nada. Bola pra frente!

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Ruta 9 Argentina

Paramos para almoçar em Monte Quemado na Província de Santiago del Estero, uma das poucas cidades com mais de 10 mil habitantes da região. Paramos em um posto de gasolina e nos encontramos com vários brasileiros, uns vindo e outros indo para o Atacama. Já trocamos algumas informações (o que nos fez cancelar as reservas com a agência en San Pedro, mas isso é em outro post), e fizemos várias amizades. Encontramos a Carol e o Bruno que estavam viajando de moto desde São Paulo até San Pedro, casal super simpático.

Mais alguns km rodados e chegamos a províncias de Salta e Jujuy, lugares onde a viagem começou a ficar mais interessante, pois chegamos à região montanhosa da Argentina o que confesso me encheu de emoção, pois era um dos meus maiores sonhos realizar essa viagem de carro pela América do Sul, e eu estava ali!!!

As 7 horas da tarde chegamos em nosso destino oficial o povoado de Tilcara em Jujuy. A cidade é cercada por montanhas , muitos cactos e vegetação desértica, rios secos, povo andino, casas de barro, um cenário perfeito para um produção de cinema.

Chegamos ao Hotel Alas del Alma, um hotel perfeito!!! Sem exageros, perfeito na simplicidade o que nos fez cair de cabeça no universo andino, moveis rústicos de madeira e pedra, pratos e copos de barro. Tudo parecia um sonho. Ficamos 2 dias hospedados por ali e fizemos amizades com a Araceli e  Noe, duas moças super simpáticas que trabalham no hotel, que nos tiraram todas as dúvidas dos passeios e do lugar.

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Hotel Alas del Alma

Enfim fizemos check-in e fomos passear pela cidade, fazer algumas comprinhas e encontrar a “tal” folha de coca, já que estávamos cerca de 2500 metros acima do nível do mar o corpo já iria começar a sentir os efeitos da altitude.

Abaixo nosso amigo Daniel tocando bonito o seu “charango”:

As ruas de Tilcara são um charme:

Encontramos um pacote gigante de “hojas de coca” por 10 pesos (R$ 2,50) e já começamos a mascar. Depois que engoli umas 5 folhas a moça do hotel me falou que não dava pra engolir :O, mas tudo bem eu sobrevivi haha 😛 . Apesar de ser matéria prima da cocaína, a venda e o consumo das folhas de cocas nas regiões andinas da Argentina, Bolívia, Chile, Equador e Peru é totalmente normal.

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Hojas de coca

Durante nossa caminhada encontramos o senhor Josendo, argentino que ganha a vida rodando o mundo tocando a música típica andina, inclusive já morou no Brasil por 30 anos e tem dois filhos brasileiros. Nos convidou para jantar no seu restaurante La Peña de Chuspita. Claro que fomos né? O lugar é incrível, super recomendo! Se você vai para Tilcara vá até La peña de Chuspita. Tem música andina, um ambiente muito alegre e a comida típica é maravilhosa. O prato que escolhi para a noite foi a “Cazzuela de Llama” uma delícia. Depois que fiz o passeio com as lhamas (próximos posts) meio que me arrependi de ter comido, mas estava uma delícia!

Um jantar inesquecível en La Peña de Chuspita:

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Cazzuela de Llama

A noite em Tilcara é agitada, nós fomos dormir perto da meia noite e a “farra” continuou até as 2 horas da manhã. Por isso sempre é importante levar protetores auriculares (aqueles fonezinhos de ouvido que as empresas fornecem), o mundo pode cair lá fora, que você dorme tranquilo.

O dia seguinte foi repleto de surpresas!!!

By: Izac Chapiewski

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La Expedición 29/12/2015 Entrando na Argentina

Ainda no dia 28/12 após realizar os passeios das Cataratas do Iguaçu e do Parque das Aves, fomos até Puerto Iguazu em busca de câmbio para dar sequencia na viagem agora em solo Argentino. Infelizmente perdemos quase 3 horas entre entradas e saídas e a busca do melhor câmbio. O câmbio lá na Argentina estava 0,35 centavos, ou 1 real para cada 3 pesos. Desistimos de trocar lá e voltamos ao Brasil. Chegamos em uma lanchonete próxima a fronteira e fizemos o câmbio ali mesmo. Estava 0,25 centavos, ou seja a cada 4 pesos 1 real. Apesar de termos ficado um pouco apreensivos quando vimos muitos homens na frente da lanchonete, correu tudo bem,e saímos tranquilamente de lá.

Devido aos atrasos na fronteira, não pudemos fazer dois passeios que estavam em nosso cronograma, o Templo Budista e o da represa Itaipu. Para mais informações de valores acesse: https://www.itaipu.gov.br/. Quanto ao templo Budista a entrada é gratuita.

Voltamos ao Hotel eram aproximadamente 6 horas da tarde, então fomos comer e no caminho fomos visitar a Mesquita Muçulmana de Foz. Estavam fazendo as orações, devido a isso não pudemos entrar na Mesquita, mas já sentimos a energia do lado de fora. Todos com vestimentas árabes fazendo suas preces e respeitando sua religião.

Depois da visita, seguimos para o hotel e fomos dormir, pois no dia seguinte o trecho seria longo.

Chega então o dia 29/12, saímos cedinho do hotel rumo a fronteira de Puerto Iguazu. A dica é essa, sempre para passar uma fronteira esteja cedo. Lembra das 3 horas perdidas no dia anterior? Se tornaram 20 minutos. Isso mesmo em 20 minutos já havíamos feito a imigração e estávamos na rota 12 rumo a Resistência capita da Província del Chaco.

Atravessamos a província de Misiones na Argentina a qual eu já conhecia de uma outra viagem, e tivemos 2 paradas policiais, acreditem ou não as únicas da viagem toda! Chegando na cidade de Posadas, atrasamos o relógio em uma hora, para irmos nos habituando ao novo fuso horário e paramos para fazer algumas fotos.

A cidade de Posadas faz Fronteira com Encarnación no Paraguai, já havíamos passado essa ponte quando fomos conhecer as Ruínas Guaranis.

Após algumas fotos fomos em busca do tão famoso “asado” argentino, muitos dizem que é o melhor churrasco do mundo. Infelizmente tenho que descordar, realmente carne é maravilhosa, mais ainda prefiro a picanha brasileira. Comemos no “El Rancho” em frente ao monumento del índio.

Confesso que nesses 12 dias de viagem, senti muita falta do bom arroz e feijão brasileiros, coisa que lá fora NÃO existe!! Bom, seguimos viagem então até nossa primeira parada oficial na Argentina, a capital del  Chaco Resistência. Ainda passamos pela província de Corrientes e conhecemos a sua capital.

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Ponte de Fronteira das províncias Del Chaco e Corrientes

Estávamos um pouco apreensivos, devido as fortes chuvas na região que causaram várias inundações, mas graças a Deus correu tudo bem. Chegamos em Resistência cedo, por volta das 17 horas, fomos ao hotel e fizemos o check-in. Nosso hotel foi o Casa Mia, também com ótimo custo benefício no centro da cidade.

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Casa Mia Hotel

Após tomarmos um banho gelado, por que a temperatura por lá beirava os 40 º graus , fomos caminhar pela cidade e comprar algumas “coisinhas”.

Uma das coisas que mais se estranha na Argentina, é o trânsito. É raríssimo ver alguém de moto com capacete, e as vezes é possível ver até 4 pessoas em uma única moto. “Coisa de loco”.

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Retornamos ao Hotel já eram quase 22 horas, fomos dormir cedo porque no dia seguinte teríamos um dos dias mais cansativos da viagem!

By: Izac Chapiewski

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