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Terra Inca – Peru – Montanha Vinicunca

Enfim chegou o dia de um dos passeios mais esperados da viagem, a subida da Montanha Vinicunca ou Rainbow Mountain. Como em todos os outros passeios, estava incluso café da manhã e almoço em meu tour. Um diferencial da agência que fiz os passeios é  horário de saída, uma amiga minha fez com outra agência e saiu de Cusco as 03h30 da manhã, já eu saí as 05 horas de Cusco, e acreditem, cheguei antes que ela ao topo da montanha hahah.

Após uma viagem de mais ou menos 2 horas, chegamos no povoado e fomos tomar café da manhã. O tempo estava maravilhoso, com sol e poucas nuvens. Perguntei ao guia se o tempo ficaria daquele jeito ele me respondeu: “Aqui na montanha o tempo é louco, muda muito rápido, daqui a pouco pode estar chovendo granizo ou nevando. Depende da sorte!” Fiquei apreensivo, mas tomamos café e conheci os amigos Khaledi da Arabia Saudita e Rosa do Equador. Outro diferencial dessa agência, é que eles tem uma estrada particular, que leva até mais perto da montanha, é a única agência que tem acesso a essa estrada, ou seja, economizamos 1 hora e meia de caminhada, o que é ótimo, pois fazer esforços físicos em grandes altitudes é muito desgastante.

Por volta das 9 horas da manhã chegamos ao ponto zero e começamos a subida, eu Rosa e Khaledi:

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Rosa (Equador) e Khaledi (Arábia Saudita)

Estava apreensivo com o mal de altitude ou “soroche” como é chamado pelos peruanos, levei muitas folhas de coca, água, e caramelos de coca para evitar esse mal estar comum entre viajantes que não estão acostumados com a altitude!

As paisagens durante a trilha são indescritíveis, a cada passo você fica mais encantado.

Durante toda a trilha existem pessoas que alugam cavalos para fazer a subida, por ser uma tarefa difícil muitos desistem no meio do caminho por não aguentar. Os preços variam de 20 a 70 soles. Pobres dos cavalos haha.

Quase no topo, meu joelho esquerdo começou a doer muito, creio que pelo cansaço acumulado porque já havia caminhado muito para chegar em Machu Picchu, mas não desisti! Mesmo com dor segui até o topo do Vinicunca.

Exatamente as 11 horas da manhã eu cheguei ao topo da montanha!!! Que lugar surreal!!! Parece que foi pintado a mão pelo próprio Deus… A vista incrível, tudo muito lindo, fazia sol… Estava tudo perfeito!! Apesar do frio e vento que castigavam devido a estarmos a 5.300 metros de altitude, eu não queria mais sair dali, sentamos e apreciamos um pouco a paisagem!!

Ainda encontrei minha amiga Tiersa que havia conhecido no passeio do Vale Sagrado, fizemos algumas fotos e começamos a descer porque o frio estava ficando insuportável!

Durante a decida da montanha senti o tão temido “soroche” devido ao pouco oxigênio o seu corpo pede socorro, então começou uma dor de cabeça mas nem por isso desanimei. Masquei mais algumas folhas de coca e acelerei o passo.

Outro diferencial importante da agência, é que os guias levas oxigênio, pois é muito comum pessoas passarem mal durante o caminho e precisarem desse auxílio. Nem todas as agências contam com esse diferencial, a que contratei é uma das pioneiras que iniciaram esse tour e por isso ter toda experiência. Além do oxigênio, todos do meu grupo receberam um colete refletivo de identificação, caso alguém se perde-se durante a subida. Todos do meu grupo conseguiram atingir o topo, o que é pouco comum segundo nosso guia, então estamos de parabéns haha..

Lembram que meu guia disse que o tempo poderia mudar do nada na montanha? Então, mudou!!! Quando estava próximo da base na montanha começou a chover granizo, e por dois minutos escapei de levar um banho, fui o primeiro a chegar na van e fiquei “sequinho”.

Recorde de altitude quebrado com sucesso, 5.300 metros alcançados, seguimos viagem até o povoado para almoçar, e mais uma vez a comida estava deliciosa. A gastronomia peruana em geral é incrível, desde os lugares mais simples que comi em alguns povoados, tudo estava uma delícia.

No dia seguinte era hora de me despedir desse país maravilhoso, embarquei rumo a Lima e após rumo a Porto Alegre.

No próximo post falaremos a respeito dos custos da viagem, fiquem atentos.

Terra Inca – Peru – Cusco

Já estava no Peru a alguns dias, porém, viajando constantemente e não havia conhecido a cidade de Cusco ainda. Então reservei um dia especial para explorar essa cidade linda fazendo um city tour.

Antes do passeio, tive uma manhã livre onde fui conhecer o mercado municipal e fazer uma compras e almoçar. No caminho encontrei pessoas desfilando em comemoração ao dias dos noivos ou casados (algo assim), e foi muito legal:

E mais música…

Logo após o almoço, fomos então conhecer as ruínas em volta da cidade Qoricancha, Saqsayhuaman, Pukapukara, Tambomachay e Q’enquo. Sinceramente, depois de conhecer a grandeza de Machu Picchu esses outros centros menores não são nada. Então meu conselho é: Se você vai para Cusco deixe Machu Picchu para os últimos dias, é como a cereja do bolo!!! Em minha opinião as ruínas de Saqsaywaman são as melhores e tem uma vista linda da cidade de Cusco:

As entradas para todas essas atrações estão incluídas no boleto turístico, mas vou falar dele em outro post. Também incluso no boleto turístico, está a entrada para três museus da cidade, confesso que não é muito a minha praia, mais um deles é bem interessante: Museo Histórico Regional:

Ainda pelas ruas de Cusco mais fotos com o povo, provei mais comidas típicas e também fui conhecer a famosa pedra dos 12 ângulos:

Ainda em Cusco, a convite da Karla fui conhecer um sítio arqueológico novo, que não é aberto aos turistas, pois ainda estão realizando as escavações e restaurando tudo. O sítio de Kayachaca, o qual Karla e sua família são responsáveis.

Esse Tour não pode ser comprado em nenhuma agência! É exclusivo e uma experiência muito legal. Karla e seu pai estão criando uma ONG internacional, onde estudantes do mundo todo vem fazer trabalho voluntário e ajudam os arqueólogos na limpeza e reconstrução do sítio de Kayachaca. Se você que está lendo essa matéria tem interesse em viver essa experiência entre em contato com a Karla pelo email: karlalizar@gmail.com ou pelo facebook: Karla Canela.

Se aproximando do fim da viagem, estava chegando a hora de um dos passeios mais esperados a subida da Montanha Vinicunca!!!!

 

Terra Inca – Peru – Lago Titicaca – Puno

Localizado a 3.800 metros de altitude, fazendo fronteira entre Peru e Bolívia está o Lago Titicaca. É o lago navegável mais alto do mundo. Claro que é imperdível, e se você vai pro Peru é parada obrigatória. No dia anterior conheci o Vale Sagrado dos Incas, e após esse passeio fui até a casa onde estava hospedado, tomei um banho e fui ao terminal para pegar o ônibus até a cidade de Puno. Sai as 22 horas e cheguei em Puno as 5 da manhã do dia seguinte. O ônibus é muito confortável, com sistema de calefação, porque a noite faz muito frio, e poltronas quase como cama. Pois bem, chegamos ao terminal e já encontrei meus amigos Areli e Benito do México, tomamos um café da manhã delicioso por ali mesmo, e fomos a agência que está dentro do terminal para sermos encaminhados ao barcos e iniciarmos o passeio. Infelizmente não tirei fotos com esses amigos queridos, e fizemos passeios diferentes, mas aqui deixo “Mis saludos a ustedes que son personas increíbles, y quisá pronto nos vemos en México, Brasil o en el Mundo”.

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Beníto y Areli Amigos do México

Exatamente as 06h30 da manhã eu e um grupo pegamos uma van que nos levou até o porto de Puno, de onde saem os barcos que levam os turistas até as ilhas.

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Puno – Lago Titicaca

Como sempre, tenho muuuuita sorte e o dia estava lindo!!!

Ao subir encima do barco, conheci amigos da Espanha e Alemanha (O legal das viagens é isso, você conhece gente do mundo todo, e ouve tantas lindas histórias dessas pessoas cuja paixão assim como você é viajar). No nosso barco haviam, franceses, mexicanos, chilenos, equatorianos e tantos outros. Mais 3 pessoas em especial conheci, e vou levar para a vida toda, as Peruanas Karen, Yanira e Vick, passei um dia maravilhoso com essas peruanas!!! Muy lindas y amables.

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Karen, Vick e Yanira

Nossa primeira parada foi na ilha de Uros, e que lugar fantástico, pessoas do mundo todo visitam esses nativos que vivem nessas ilhas flutuantes em meio ao lago Titicaca, eles vivem da caça e pesca no local, e sobrevivem com a venda dos artesanatos que fazem com carinho para os turistas. Fomos muito bem recepcionados por esse povo de origem Quechua e Aymara, onde aprendemos alguns cumprimentos e ouvimos um pouco das histórias e de como eles vivem ali.

Aprendendo cumprimentos em Quechua:

Após ouvirmos a explicação do Sr. Geovane líder daquela ilha, ouvimos uma canção de boas vindas e fomos passear pelo lago com os barcos feitos por eles para se locomover pelas ilhas.

Como sempre falo, quando viajo entro de cabeça na cultura do país onde estou, então provei um dos alimentos que o povo nativo come diariamente, uma espécie de planta muito comum no lago:

Conversando com o povo local, me disseram que esses barcos levam até 3 semanas para ficarem prontos e que duram aproximadamente 6 meses, as ilhas flutuantes também são constantemente “reformadas” para que não afundem

É incrível pensar como essa gente vive e sobrevive ali, sem tecnologia nenhuma, e notavelmente é um povo feliz, vivendo com o pouco que tem. Realmente um exemplo. Comprei uns artesanatos e então seguimos viagem até a ilha de Taquile onde almoçaríamos (mais uma vez tudo incluso em meu pacote).

A subida até o topo da ilha é um pouco cansativa, pois ali atingimos os 4 mil metros de altitude, e fazer esforço em grandes altitudes cansa muuuuuuito!!! Porém a vista é recompensadora.

Após subirmos, almoçamos em uma casa de família, comemos “Trucha” e outras comidas típicas do local. Ficamos ali conversando e aprendendo um pouco mais sobre os costumes do povo local, e as 13h começamos a descer para o outro lado da ilha para seguir viagem e retornar a Puno.

O outro lado da ilha era ainda mais incrível e rendeu algumas boas fotos:

E o povo Taquileño muito amável:

Pela frente teríamos mais 2 horas de viagem pelo Lago Titicaca e pudemos desfrutar um pouco das belíssimas paisagens:

Chegamos na cidade de Puno as 17 horas, e meu ônibus de retorno saia somente as 22 horas. Então eu e minhas amigas peruanas fomos conhecer a cidade e jantar.

No jantar provei um prato típico peruano, porém não muito comum aqui no Brasil. Provei o “Pisco Sour” e o “Cuy al Horno” mas o que é Cuy? Senhores eu comi “Porquinho da Índia” e estava delicioso hahah.

Após provar e aprovar esse prato diferente, fomos até o terminal de Puno onde me despedi de minhas amigas peruanas e segui viagem até Cusco. Mas antes de me despedir demos boas risadas com os gritos do pessoal tentando vender as passagens para as cidades de Arequipa, Tacna e Moquegua… Um show a parte do povo de Puno hahahaha. Um rapaz gritando Arequipa, Arequipa, Arequipa Arequipaaaaaaaaaaaaaaaaa… E uma outra senhora com voz engraçada gritava Moquegua, Tacna Moqueguaaaaaaaaaaaaaaaa…

Cheguei em Cusco por volta das 5 horas da manhã, tomei um táxi até a casa onde me hospedei e descansei um pouco, porque a tarde teria mais passeios.

Terra Inca – Peru – Vale Sagrado

Após um dia emocionante conhecendo Machu Picchu, era hora de continuar explorando as redondezas de Cusco. Fomos então conhecer as cidades de Moray, Chinchero, Pisac, Ollantaytambo e Urubamba. Saímos as 7 horas da Plaza de Armas  com destino a primeira cidade:

Chinchero:

Nossa Primeira parada do Tour, foi na Igreja da cidade de Chinchero, nessa cidade também visitamos um lugar onde as nativas costuram peças de roupas e variedades de produtos com lã de alpacas e lhamas. Elas muito simpáticas, nos mostraram o processo, explicando o passo a passo de tudo, nos ofereceram chá e aperitivos de queijo e candita torrada (semente parecida com milho). Após a explicação, pudemos comprar alguns produtos.

Moray:

Nossa segunda parada foi em Moray, onde conhecemos as Salineras de Moray com mais de 2 mil anos  e as ruínas de Maras. Nesse Tour conheci a americana Tiersa, uma pessoa incrível!!!

Após isso, seguimos viagem até Urubamba e paramos para almoçar. Mais uma vez o almoço estava incluído em meu tour, e a comida estava ótima.

Ollantaytambo:

Chegando em Ollantaytambo, mais ruínas. E essas muito lindas! Com uma vista maravilhosa em cima das montanhas.

Quase levei um chute de uma Alpaca, na hora não percebi, só depois que vi no vídeo 😀

Pisac:

A última parada do passeio foi em Pisac. Essas ruínas também impressionam, como todas as fortalezas e cidades construídas pelos incas, essa também está localizada em um ponto estratégico nas montanhas.

Na chegada fomos recepcionados por um andino tocando flauta, o que tornou o ambiente mágico!!!

Eu e Tiersa sofremos um pouquinho para chegar até o topo, mas conseguimos aos gritos de Sí, se puede! ahaha

Ao final do tour pudemos ver as nuvens de chuva chegando pelas montanhas, criando um visual fantástico.

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Chuva vindo pelas montanhas My Friend Tiersa

O tour ainda leva a uma loja de jóias, onde ensinam a diferenciar a prata pura das demais. Após conhecer esse lugar, retornamos a cidade de Cusco. E nesse mesmo dia eu tinha uma viagem de ônibus até a cidade de Puno, para explorar as belezas do lago Titicaca.